quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Segunda Vida

Assim como nos filmes da série Matrix, o Second Life é uma espécie de mundo virtual tridimensional, em que cada usuário cria um personagem - chamado de avatar - para “viver” no ciberespaço e interagir com outros jogadores.

O Second Life tem um tempo próprio, uma moeda chamada de dólar linden e contava, no início de outubro, com mais de 9,8 milhões de residentes. Além do dinheiro virtual, o serviço movimenta também a economia real, pois para obter os lindens pode-se tanto “trabalhar” como comprar créditos com dólares de verdade.

No mundo de Second Life há eventos culturais, como festas, shows e exposições, e também uma economia paralela onde é possível comprar e vender desde objetos até imóveis. O pré-requisito para entrar no ambiente virtual é ter conexão com internet de banda larga e uma boa placa de vídeo no computador.

De olho na quantidade de usuários e de dinheiro envolvidos no jogo, várias grandes empresas já estão participando com avatares de seus funcionários e criando escritórios no mundo virtual. O objetivo principal das empresas não é ganhar fortunas, mas sim aproveitar este ambiente para fazer pesquisas de mercado.

A agência de publicidade britânica BBH foi a primeira a abrir um escritório no Second Life. Já a montadora Toyota apresentou um carro no jogo para que os usuários pudessem testá-lo.

No final do ano passado, a agência de notícias Reuters abriu uma sucursal virtual para publicar notícias em forma de texto, fotos e vídeos aos usuários, com novidades sobre a comunidade virtual. O correspondente Adam Pasick tornou-se, assim, o primeiro repórter virtual do Second Life.

Brasil Virtual

Assim como o orkut, o Second Life deverá se tornar a nova febre entre os internautas brasileiros. Em abril deste ano foi inaugurada a versão em português do Second Life, que pode ser baixada em http://www.secondlifebrasil.com.br/. Atualmente são mais de 200 mil participantes do Brasil.


Uma das vantagens da nova versão é que os usuários podem comprar os lindens em reais, com cartão de crédito. Para isso foi criada uma moeda intermediária, o Kaisen Cash.

A versão brazuca já abriga, entre outros ícones nacionais, cópias tridimensionais do Vale do Anhangabaú e do Edifício Martinelli - símbolos do centro de São Paulo - e da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Um só mundo

O instituto de pesquisas Gartner aponta que, até o final de 2011, aproximadamente 80% dos usuários ativos da internet terão uma “segunda vida”, seja no Second Life ou em mundos virtuais semelhantes.

Porém, segundo um executivo da Gartner, as transações baseadas no ambiente virtual devem gerar resultados apenas para alguns nichos de mercado. A tendência é que os vários mundos virtuais sejam fundidos em um número menor de ambientes, com transferência livre de dados entre eles.

Eduardo Freitas Oliveira

Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações, mestrando em sistemas de informações geográficas
Editor do Portal MundoGEO e das Revistas InfoGEO e InfoGNSS
eduardo@mundogeo.com

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