Novo satélite brasileiro no ar

O Brasil é o campeão mundial em distribuição de imagens de satélites. Nenhuma outra instituição no mundo, atualmente, entrega tanto material de observação da Terra como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com sede em São José dos Campos.

Geralmente o Brasil está bem colocado somente nos piores índices: desigualdade social, carga tributária, déficit educacional. É de se comemorar o fato de o país ser um dos principais atores nessa área de altíssima tecnologia.

Programa Cbers

Na última quarta-feira, 19 de setembro, foi ao espaço o terceiro satélite do programa de cooperação científica na área de observação da Terra entre Brasil e China. O Cbers-2B partiu da base chinesa de Tayuan, exatamente às 00h26, levado por um foguete Longa Marcha 4B, e entrou em órbita aproximadamente 12 minutos depois do lançamento.

O Programa Cbers nasceu de uma parceria inédita entre Brasil e China no setor espacial. Suas imagens são usadas em áreas importantes para o desenvolvimento do país, como o controle do desmatamento e de queimadas na Amazônia Legal, o monitoramento de recursos hídricos, de áreas agrícolas, de crescimento urbano e de ocupação do solo, em educação e em inúmeras outras aplicações.

Primeira passagem

Às 10h39 do dia 19 de setembro, o Centro de Controle de Satélites do Inpe, em São José dos Campos, registrou a primeira passagem sobre a Estação de Rastreio de Cuiabá do satélite Cbers-2B, lançado 10 horas antes. Desde o dia 20 de setembro, o Cbers-2B já está com suas três câmeras ligadas, fazendo imagens de teste no Brasil e na China. Depois do trigésimo dia em órbita, o satélite entrará em operação normal para distribuição de imagens aos usuários brasileiros e chineses.

Inpe

O Inpe é um reduto de excelência técnica e administrativa que, mesmo com menos recursos que outras instituições semelhantes, apresenta resultados surpreendentes, ano após ano.

Segundo os dados mais recentes do Instituto, desde 2004 foram distribuídas mais de 320 mil imagens Cbers para cerca de cinco mil usuários de várias instituições públicas e privadas. As imagens podem ser obtidas gratuitamente, necessitando somente de um cadastro do usuário.

Cbers 3 e 4

Com o sucesso da parceria, Brasil e China decidiram expandir o acordo e lançar outros satélites da mesma categoria do Cbers-2b. Os satélites Cbers-3 e 4 têm lançamentos previstos para os próximos anos, como uma segunda etapa da parceria sino-brasileira.

Acesse o site do Cbers e conheça este mundo de imagens :http://www.cbers.inpe.br/

Eduardo Freitas Oliveira
Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em sistemas de informações geográficas
Editor do Portal MundoGEO e das Revistas InfoGEO e InfoGNSS
eduardo@mundogeo.com

Google Tudo

Este texto está sendo escrito em um espaço "virtual", o Google Textos e Planilhas, e ficará arquivado em um dos servidores da Google, sabe-se lá em que ponto do planeta.

O pulo do gato da Google na área de ferramentas para produção é liberar o usuário da instalação de programas em seu computador, e fazer com que tudo seja elaborado no ambinente da web.

Para usar o Google Textos e Planilhas basta ter uma conta no Google, como o serviço de e-mail da empresa por exemplo, e acessar na barra superior a opção "Documents". Será então aberta uma nova janela, parecida com o Windows Explorer, para gerenciamento dos textos e das planilhas.

A partir desta janela pode-se iniciar um novo documento, carregar textos feitos anteriormente no formato doc ou txt, exportar os textos para formatos mais populares como pdf, publicar o texto em sites ou blogs, entre outras opções.

Apesar de "conversar" com o formato doc, o Google Textos e Planilhas é a principal ameaça ao Office, da Microsoft. Afinal, muitas empresas se perguntam: para que investir milhares de reais para comprar um pacote de aplicativos de escritório, quando na verdade as operações feitas pelos funcionários no dia-a-dia são triviais, como digitação de textos e preenchimento de planilhas eletrônicas?

A desvantagem - claro que teria um porém - é quanto à segurança, pois textos confidenciais ficam arquivados em um servidor remoto, e supostamente poderiam ser acessados por hackers. Porém, uma invasão como esta também pode acontecer em um computador pessoal com acesso à internet.

O melhor vem agora

Por último, o grande barato do Google Textos e Planilhas é a opção "compartilhar". Com ela, pode-se enviar o texto para uma lista de e-mails, para que outras pessoas o leiam. E caso seja dada uma permissão especial, o documento pode ser editado por estas pessoas, o que significa que um texto pode ser escrito, re-escrito, revisado e corrigido simultaneamente por um grupo de usuários do serviço.

Este texto, por exemplo, foi salvo automaticamente a cada minuto em um ambiente web. Após o término e a revisão (sim, a ferramente também tem verificação ortográfica para 32 idiomas), ele será enviado por e-mail simultaneamente para a redação do Diário de Comodoro e para o Blog do jornal.

Eduardo Freitas Oliveira
Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em sistemas de informações geográficas
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